quarta-feira, 12 de maio de 2010

Peter Frampton um dos maiores nomes do rock nos anos 70

Aos 60 anos, Peter Frampton diz que reencontrou pique criativo que fez dele um dos maiores nomes do rock nos anos 70

Steve James
De Nova York
  • Divulgação O guitarrista, cantor e compositor Peter Frampton
Os longos cabelos loiros agora estão curtinhos, e ele acaba de completar 60 anos, mas Peter Frampton sente que reencontrou o pique criativo que fez dele um dos maiores nomes do rock nos anos 70. Ele admite que a energia que fez de seu álbum de 1976 "Frampton Comes Alive" o disco de rock gravado ao vivo mais vendido da história perdeu-se durante muitos anos em uma névoa regada a álcool e drogas.
"Fiquei sóbrio sete anos atrás. Não que eu fosse um usuário habitual, mas eu bebia, me drogava, consumia o que aparecesse", disse o roqueiro à Reuters. "Eu já fazia isso havia algum tempo, e você nunca chega ao ponto em que consegue pensar com clareza suficiente para amadurecer ou crescer. Atrofia seu crescimento como pessoa. E a clareza que tenho agora, o desfrutar da criatividade, é muito maior que isso tudo", disse Frampton.

Frampton Comes Alive II (trecho)





Nascido na Grã-Bretanha, o guitarrista tornou-se cidadão norte-americano após os ataques de 2001 e atualmente vive em Cincinnati com sua terceira mulher, Tina. Ele diz que a prova do que declara está em seu novo álbum, "Thank You Mr. Churchill", que o traz em clima introspectivo e nostálgico, coisa que não surpreende para um homem que completou 60 anos no mês passado.
"Eu tinha um trecho de música na cabeça e uma ideia: como teria sido se meu pai não tivesse retornado da guerra? Se os Aliados não tivessem vencido?", questiona. Mas o pai de Frampton retornou da guerra, sim, e foi sua família quem deu o pontapé inicial na jornada musical de sua vida.
Seu pai tinha tocado guitarra em uma banda na faculdade, e sua mãe ganhara uma bolsa de estudos para uma escola de teatro, embora não tivesse cursado a escola. Mas foi um banjolele (um híbrido de banjo e ukulelê) de sua avó, fã do teatro de revista, que o levou a se interessar por música, quando Frampton tinha 7 anos de idade.
Mais tarde, sua avó --imortalizada na faixa "Vaudeville Nanna and the Banjolele", no novo álbum-- compraria a primeira guitarra para Peter e, quando ele ouviu artistas americanos como Eddie Cochrane e Buddy Holly no rádio, o fascínio pelo instrumentou deitou raízes. Como muitos guitarristas ingleses, porém, suas maiores influências foram Hank Marvin, do The Shadows, e Bert Weedon.
Ainda na escola, Frampton fez parte de uma banda chamada TrueBeats. "Ela começou basicamente graças aos Shadows e a Hank Marvin. Ele foi a razão que me levou a querer ser guitarrista". Mais de quatro décadas depois, Frampton conseguiu que Marvin tocasse em seu álbum "Fingerprints." "Foi como um sonho que se realizou", disse.
Frampton abandonou a escola aos 16 anos e entrou para uma banda londrina, The Herd, que teve alguns sucessos pop psicodélicos. Mas, para o músico, essa banda não passou de uma ponte para coisas maiores.
Sua beleza juvenil fotogênica o levou a ser chamado de "O Rosto de '68" pela revista teen britânica "Rave". Mas foi sua performance na guitarra que o levou a ser notado, e naquele ano ele formou a banda Humble Pie com Steve Marriott, do Small Faces.

Fonte: UOL

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