Aos 60 anos, Peter Frampton diz que reencontrou pique criativo que fez dele um dos maiores nomes do rock nos anos 70
Steve James
De Nova York
O guitarrista, cantor e compositor Peter Frampton
"Fiquei sóbrio sete anos atrás. Não que eu fosse um usuário habitual, mas eu bebia, me drogava, consumia o que aparecesse", disse o roqueiro à Reuters. "Eu já fazia isso havia algum tempo, e você nunca chega ao ponto em que consegue pensar com clareza suficiente para amadurecer ou crescer. Atrofia seu crescimento como pessoa. E a clareza que tenho agora, o desfrutar da criatividade, é muito maior que isso tudo", disse Frampton.
Nascido na Grã-Bretanha, o guitarrista tornou-se cidadão norte-americano após os ataques de 2001 e atualmente vive em Cincinnati com sua terceira mulher, Tina. Ele diz que a prova do que declara está em seu novo álbum, "Thank You Mr. Churchill", que o traz em clima introspectivo e nostálgico, coisa que não surpreende para um homem que completou 60 anos no mês passado.
"Eu tinha um trecho de música na cabeça e uma ideia: como teria sido se meu pai não tivesse retornado da guerra? Se os Aliados não tivessem vencido?", questiona. Mas o pai de Frampton retornou da guerra, sim, e foi sua família quem deu o pontapé inicial na jornada musical de sua vida.
Seu pai tinha tocado guitarra em uma banda na faculdade, e sua mãe ganhara uma bolsa de estudos para uma escola de teatro, embora não tivesse cursado a escola. Mas foi um banjolele (um híbrido de banjo e ukulelê) de sua avó, fã do teatro de revista, que o levou a se interessar por música, quando Frampton tinha 7 anos de idade.
Mais tarde, sua avó --imortalizada na faixa "Vaudeville Nanna and the Banjolele", no novo álbum-- compraria a primeira guitarra para Peter e, quando ele ouviu artistas americanos como Eddie Cochrane e Buddy Holly no rádio, o fascínio pelo instrumentou deitou raízes. Como muitos guitarristas ingleses, porém, suas maiores influências foram Hank Marvin, do The Shadows, e Bert Weedon.
Ainda na escola, Frampton fez parte de uma banda chamada TrueBeats. "Ela começou basicamente graças aos Shadows e a Hank Marvin. Ele foi a razão que me levou a querer ser guitarrista". Mais de quatro décadas depois, Frampton conseguiu que Marvin tocasse em seu álbum "Fingerprints." "Foi como um sonho que se realizou", disse.
Frampton abandonou a escola aos 16 anos e entrou para uma banda londrina, The Herd, que teve alguns sucessos pop psicodélicos. Mas, para o músico, essa banda não passou de uma ponte para coisas maiores.
Sua beleza juvenil fotogênica o levou a ser chamado de "O Rosto de '68" pela revista teen britânica "Rave". Mas foi sua performance na guitarra que o levou a ser notado, e naquele ano ele formou a banda Humble Pie com Steve Marriott, do Small Faces.
Fonte: UOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário